Uma grande lição
Ed. René Kivitz
No episódio
envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita
Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com paralisia cerebral para
entregar ovos de Páscoa, uma parte dos atletas, entre eles, Robinho,
Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar na entidade e preferiu
ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos e
não sabiam que se tratava de uma casa espírita.
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros.
Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a
superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias
da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai
para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à
prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de
joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião.
Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a
ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro
certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você
fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista,
evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você
discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o
sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores
de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de
Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do
Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos
outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros
deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo
extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de
um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por
Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e
ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia,
compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da
espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas.
E quando você está com o coração cheio de
espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os
valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que
os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca
de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala,
independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da
religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da
espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria
ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que
sofre a tragédia e miséria de uma paralisia cerebral.
Por detrás dessa decida do ônibus tem um jogo de interesse muito grande em torno dessa decida do ônibus de jogadores famosos, que não convêm falar , mas uma coisa eu apreendi que não se mede uma a vida de uma pessoa com Deus por uma atitude , mas da forma de como está colocado as palavras nesse texto até parece que os jogadores foram uns monstros quando resolveram em não descer do ônibus em nome de uma religião e deixar aquelas crianças abandonadas , já li muito texto edificante aqui mas esse está muito tendencioso e mal intencionado com uma pitada de justiça propia ! Perdão amigos mas não goste,i pois vi que tentaram induzir o texto para uma realidade que não procede !
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