Sexo antes do casamento, toques, masturbação e pornografia… É pecado?
Quando falamos sobre sexo antes do
casamento, toques, masturbação e pornografia, a pergunta principal que
muitos fazem é: “Isso é pecado?”. Creio que esse questionamento é
bastante comum, embora uma resposta convincente seja negligenciada
geração após geração. Então, humildemente, quero tratar disto de um modo
intelectualmente honesto e indo direto ao ponto, sem enrolação, usando
quatro textos-chaves, crendo que não há quem possa negar a verdade da
Escritura.
“Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu; mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1 Co 7:8,9).
O raciocínio de Paulo é bem simples. Ele
está argumentando sobre a possibilidade de solteiros e viúvas abraçarem
o celibato – o não-casamento. Em meio ao seu ensino, ele deixa um
conselho curto e importantíssimo sobre desejo sexual. Mesmo que ele
ansiasse que estas pessoas não casassem, ele sabia que alguns iriam
sentir fortes desejos, correndo o risco de alguém não conseguir
“conter-se”. O que essas pessoas deveriam fazer? Que atitudes aqueles
que não têm força para conter sua sexualidade devem tomar? Masturbação
para aliviar? Pornografia para relaxar um pouco? Dá uns “pega” na
namorada? Nada disso. Paulo só apresenta duas escolhas para os que não
conseguem vencer seu desejo: ou casa, ou se “abrasa” – o que outras
traduções põem como “arder de desejo”.
O texto é bem claro, embora não o
leiamos com a atenção devida na maioria das vezes. Você, jovem, tem
desejos sexuais incontroláveis? Você se sente um poço de luxúria e está a
ponto de explodir de vontade? Deus só te permite fazer duas escolhas:
ou continuar assim ou se casar – suprindo todo o seu desejo do modo que
Ele ensinou.
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13:4).
Esse texto requer um pouco mais de
atenção. O escritor usa uma linguagem que pode passar despercebida aos
nossos olhos se não formos cuidadosos. Esse texto fala, basicamente,
sobre sexo. Temos uma clara ordem para venerarmos, ou seja, prestarmos
honras a dois ambientes sexuais intercambiáveis. Primeiro, ao
matrimônio; segundo, ao leito sem mácula. Então, ele expõe que Deus
julgará os que vivem uma sexualidade oposta ao que deveria ser honrado,
ou seja, os que vivem em prostituição e os que vivem em adultério.
Podemos perceber, sem muito esforço, que matrimônio é contrastado com
prostituição e leito sem mácula, com adultério. Vamos olhar para essas
duas oposições.
A segunda oposição é simples: percebemos
que quando adulteramos, ou seja, traímos nossos cônjuges, pecamos
contra o leito sem mácula – que, pelo texto, só pode ser o leito de um
casal devidamente casado. Ou seja, toda relação sexual fora do leito de
seu parceiro é um adultério (até mesmo as que não saem do campo da mente
e do coração, segundo Mateus 5:27,28). Já a primeira oposição é o que
chama nossa atenção de um modo mais específico: as atividades sexuais
fora do matrimônio são consideradas como um ato de prostituição. Todo
sexo que não ocorre dentro de um casamento é uma atitude prostituta – e
digna do julgamento de Deus.
Amigo, toda atitude sexual que ocorre
fora do casamento é considerado, neste trecho da carta aos Hebreus, como
um ato de prostituição. A Santa Escritura ordena: “Fugi da
prostituição”, e completa: “Todo o pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co
6:18). Fuja de toda atitude prostituta, fuja de todo ato sexual que
acontece fora do matrimônio.
“Filho do homem, existiam duas mulheres, filhas da mesma mãe. Elas se tornaram prostitutas no Egito, envolvendo-se na prostituição desde a juventude. Naquela terra os seus peitos foram acariciados e os seus seios virgens foram afagados” (Ez 23:2,3).
O texto é muito simples. Deus está
narrando para Ezequiel a história de duas irmãs por parte de mãe que se
entregaram à prostituição nas terras egípcias, mesmo quando ainda
jovens. O pronto principal que Deus ressalta sobre a prostituição
daquelas moças é que “seus peitos foram acariciados e os seus seios
virgens foram afagados”. Garotas, se o Senhor trata os “toques” de seu
namorado como um ato de prostituição, que tal lutar contra isso como
você luta contra o sexo em si? Diante de Deus, é o mesmo pecado.
“Fiz um acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças” (Jó 31:1)
A Escritura testemunha sobre Jó, dizendo
que ele era um “homem íntegro, reto e temente a Deus”, que “desviava-se
do mal” (1:1). O próprio Senhor Jeová proferiu que não havia “ninguém…
na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que
se desvia do mal” (1:8). Conhecendo as qualidade que Deus entregou a
esse servo, vemos um exemplo disso no capítulo 31 do livro que conta sua
história. Jó, expondo as próprias obras de justiça, diz que fez um
pacto com sigo mesmo de “não olhar com cobiça para as moças”. O texto de
Mateus 5:27,28 deixa claro que o cobiçar alguém já é, em si, um ato de
adultério.
Como, diante deste ato de Jó, podemos
tentar defender a pornografia como aceitável? Não podemos, de modo
algum, ceder à nossas vontades carnais que pregam à nossa mente, dizendo
que só observar não produz mal algum. Que digamos como o Salmista: “Não
porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101:3).
O que nós aprendemos com esses quatro textos bíblicos?
Vemos na primeira carta de Paulo aos
cristãos da cidade de Corinto que só temos duas escolhas com relação aos
nossos desejos: ou casar (que é o recomendado) ou arder em desejo.
Masturbação, pornografia ou toques não são opções; ou casa, ou se
abrasa.
Podemos perceber, pelo texto de Hebreus,
que todo ato sexual que ocorre fora do casamento é uma prostituição; e
que todo ato sexual que ocorre sem ser com seu cônjuge, é adultério.
Então, todo auto-erotismo, sexo pré-matrimonial, preliminares e até
masturbar-se quando sua esposa não está afim de ter relações são
atitudes dignas do julgamento do Santo Deus.
Percebemos pela profecia de Ezequiel que
tocar indevidamente em moças é um pecado de prostituição, mostrando, no
mínimo, que o relacionamento entre um casal não-casado nunca deve
passar de beijos e carinhos comportados.
Por fim, Jó nos ensina, com a própria
vida, a não cobiçarmos as moças (ou os moços, conseguintemente);
levando-nos a perceber que a pornografia ou o voyeurismo são atos
pecaminosos que precisam ser mortificados em nossas vidas.
Então, amigo, gaste um tempo para lidar
com tudo isso. Talvez você já considerasse esses atos como pecaminosos,
então medite mais nestes textos e confirme mais as verdades que você já
conhecia; se você não tem os pecados sexuais que foram apresentados aqui
como realmente pecaminosos, leia os textos bíblicos apresentados aqui
com cuidado e oração. Renda-se às verdades apresentadas nas Escrituras e
viva a vontade do Pai.
Nota: Sei que esse tema
é doloroso para a maioria dos jovens. Tratar esses pecados de um modo
indiferente e com pouca compaixão é irresponsável e é uma atitude digna
de julgamento severo. Não use essas verdades sem amor e nem use o amor
como desculpa para diminuir a verdade. Talvez esse texto caia nesta
condenação, mas é culpa de seu caráter mais técnico. Vide regra,
mansidão é a melhor maneira de tratar escravos desta pecaminosidade. Não
esqueça isso.
Por Yago Martins © Voltemos ao Evangelho.
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